Sugestão para nome de banda de rock, axé, pagode ou polca:
Os Ministros da Dilma.



Coisas do inconsciente: em minhas memórias, ao ouvir o nome Sócrates, nunca pensava no filósofo ateniense. A única coisa que vinha à mente era aquele golaço marcado contra a União Soviética pelo Brasil na Copa do Mundo da Espanha, em 1982 (trauma da maioria das pessoas na faixa dos quarenta anos).

Em um país onde o futebol segue firme como esporte mais popular, numa época onde cifras milionárias habitam o mundo futebolístico, os jogadores de futebol tornaram-se não apenas astros milionários, mas também tornaram-se formadores de opinião (ou melhor, desopinião), exemplo para jovens e crianças.

Geralmente, os jogadores de futebol milionário investem uma fortuna em carrões, casarões entre outros bens de consumo e não gastam um por cento que seja em um professor particular, que evitasse seus incontáveis erros de português durante as entrevistas. Demonstram que educação e cultura nada valem para quem quiser ser um cidadão de bem.

E a esmagadora maioria desses atletas faz questão de ostentar não só a riqueza, mas também a falta de cultura e a indiferença política e social. Disfarçam aqui e ali quando seus assessores de imprensa recomendam que façam doação de alguma cesta básica para pessoas carentes ou visitem enfermos em clínicas e hospitais. 

Social, para um jogador de futebol milionário, só se for o das colunas sociais. Raras são as exceções.

Em um país desses, numa época dessas, o Doutor Sócrates Brasileiríssimo fará falta, muita falta. "Falta"? Sem direito a cartão.