Arrependido de ter chafurdado no Windows 8, pouco tempo depois de tantos tropeços com o Windows 7, após um ano antes, ter sido aterrorizado por uma atrocidade chamada Windows Vista, eis-me de volta ao lar doce lar, o Windows 98, de onde nunca deveria ter saído. Retorno tal e qual o filho pródigo, com o velho Windão, de cabelos grisalhos, me esperando, em lágrimas na varanda.
O Windão velho de guerra não me enche de propostas de comércio com spams, não invade minha vida particular querendo me vender bugigangas, não atrasa a minha vida fazendo o computador raciocinar além de sua capacidade.
O Windão velho de guerra está com tudo o que alguém precisa num computador, sem os penduricalhos.
O Windão velho de guerra nunca me perguntava a que horas eu voltava e, se chegasse tarde, não reclamava. E ainda vinha curar as minhas ressacas.
Em homenagem ao Windows 98, compus um samba:
"Às vezes passava fome de memória RAM ao meu lado
E achava bonito não ter o que processar
E quando me via contrariado
Dizia: Meu filho, ainda há de ser computar.
O Windows 98 não tinha a menor vaidade
O Windows 98 é que era um sistema de verdade
O Windows 98 não tinha a menor vaidade
O Windows 98 é que era um sistema de verdade"
Eparrei!
