O conceito Preto Velho evoca sabedoria. Segundo a Encruzilhadapedia, Pretos Velhos são espíritos que se apresentam em corpo fluídico de velhos africanos que viveram nas senzalas. São entidades desencarnadas que tiveram pela sua idade avançada, o poder e o segredo de viver longamente através da sua sabedoria, apesar da rudeza do cativeiro demonstram fé para suportar as amarguras da vida, consequentemente são espíritos guias de elevada sabedoria.
Ouçam sempre o que o Preto (ou a Preta) Velho têm a dizer, diziam meus avós. Não podemos esquecer da oralidade das histórias e das tradições afro-brasileiras.
Os negros têm muito mais a ver com a preservação da história do que supõe nossa vã filosofia.
Atualmente, deveriam haver mais negros contadores de histórias, afinal, contar histórias é coisa inata ao negro.
Minha esperança é que, com toda a parnafenália que nos dá acesso à comunicação global, coisa inimagiável há cinco anos atrás, essa exclusão
dos afrões na importância da história mundial possa ser facilmente revertida.
Precisamos de mais negros contadores de histórias. Escrevendo livros, reportagens, fazendo filmes. Na música, estamos bem servidos, com a graça de Ogum.
Com maior atuação dos negros contadores de histórias, o negro poderá combater essa imagem nefasta do negro bovino, seminu, aculturado, empurrando a roda do moinho.
Quem sabe, com isso, se resgate o conceito do Preto Velho, com seus cabelos brancos, sua experiência e sua sabedoria.
No entanto, nem sempre cabelos brancos e anos de experiência significam mais sabedoria.
Veja, por exemplo, o Toni Blair. Vi-o, na TV, bem velhinho, cabeleira platinada. E ainda defende a Guerra do Golfo. Talvez esteja tentando convencer a si próprio da maior besteira que cometeu na vida.
Axé!
0 comments:
Postar um comentário