Desabamento de prédio no Rio e os nossos anjos da guarda

Oitocentos mil quilos de dinamite não derrubaram o prédio do Moinho da Central, da Favela do Moinho, em São Paulo; e um sopro do de má sorte derrubou três prédios no Rio de Janeiro.

Primeiro a explosão do restaurante na Praça Tiradentes, agora, o desabamento de três edifícios, há poucos quarteirões de lá. Não muito longe está Santa Teresa, seis meses atrás, houve um sério acidente com o bonde, resultando em cinco mortes.

Mesmo assim, até que os anjos da guarda que cuidam dos cariocas até que trabalharam bem, pois o número de mortos dessas tragédias é surpreendentemente baixo.

Alguém poderá atribuir ao horário o baixo número de vítimas. Condordo. Mas quem estava lá para determinar o horário desses eventos? Só pode ser um anjo da guarda, sem o qual, o número de mortos seria colossal. E os anjos da guarda fizeram mais, adiaram o acidente. Não podemos nos esquecer que os prédios que desabaram estão praticamente colados ao Teatro Municipal. Tempos atrás, o presidente dos Estados Unidos, Mr. Obama, estava lá.

Moradores de encostas, de áreas de risco; motoristas bêbados, ligações elétricas clandestinas, hospitais falidos, médicos e enfermeiras mal preparados... Ser anjo da guarda num país que nada previne, por mais escandarada que seja uma desgraça vindoura, é difícil.

Conversei com um deles, que me disse que para ser anjo da guarda no Brasil é uma tarefa infinitamente trabalhosa. Dizem que, alguns, pedem adicional insalubridade. Houve anjos que disseram preferir trabalhar no sistema penitenciário.

Eparrei!

Rogério de Moura


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