Hedy Lamarr, atriz e... cientista!

Antes da sessão de incorporação no médium afro ecumênico cinematográfico Rogério de Moura, fiz uma visita à Esquina do Além, onde os espíritos e entidades de todos os universos e dimensões paralelas se encontram.

Encontrei o espírito de Hedwig Eva Maria Kiesler, mais conhecida no mundo carnal como Hedy Lamarr (9 de Novembro de 1913 — 19 Janeiro de 2000). Ela foi atriz. Mas também... cientista.

Cientista? Sim. Atriz? Sim. Mulher? Sim. Bonita? Sim? Inteligente? Claro? Será possível? Uma mentalidade machista faria certamente essa última pergunta, como se essa união de qualidades fosse uma aberração da natureza. Na verdade, os machistas se borram de medo de ter de topar com uma mulher inteligente na esquina. É bem capaz de sair correndo, com o a cauda entre as pernas.

Lamarr, austríaca, de pais judeus, chegou a ser considerada uma das mulheres mais bonitas da Europa. Mas, para ela, o que realmente importou foi o fato de ter sido considerada brilhante no mundo científico.

Durante a Segunda Guerra Mundial, Lamarr criou um sofisticado aparelho de interferência em rádio para despistar radares nazistas e o patenteou em 1940, usando o seu verdadeiro nome.Esse sistema de comunicações atualmente acelera as comunicações de satélite ao redor do mundo e foi usado como uma das bases para criação a telefonia celular.

Hedy teve outras reencarnações. Em algumas, foi homem. Mas de todas, guarda com certa mágoa as recordações dos tempos em que foi a desejada atriz de “Sansão e Dalila”. Pouco importou ter sido como inspiração para Walt Dysney compor “Branca de Neve”. Não gostava quando os homens davam mais importância às suas curvas do que a qualquer dissertação que fizesse sobre Física Quântica.

Em um mundo onde os homens se utilizam do artifício do machismo para adiar o óbvio inevitável: as mulheres irão dominar o mundo por serem muito superiores, para a salvação da humanidade.

Os criadores do Corel Draw homenagearam Lamarr na versão 9 do programa. O Corel Draw 9 trazia, na embalagem e na inicialização do programa, o rosto de Lamarr. Suas façanhas estão aí para quem quiser conhecer, seja através do Google, da Wikipedia ou do meu canal predileto, a Encruzilhadapedia.

Quem sabe uma campanha publicitária a ajudasse? Afinal, um bom publicitário é altamente eficaz até para santificar os piores canalhas. Principalmente os políticos. Faria milagres pela memória de Lamarr que, fora algumas confusões amorosas, não se envolveu em nada que a fizesse se envergonhar. Nesse momento, Hedy me confessou que havia sido presa por furto, numa loja, quando sua carreira como estrela de Hollywood estava no fim. Pequeno pecado.

Pensei na frase: “quando pensar em celular, pense na Hedy Lamarr.”

A Hedy não gostou muito do meu bordão. Confesso que não foi tão criativo assim. Mas garanto que o resultado ficou melhor que muita propaganda de remédio contra gripe.

Lamarr citou-me duas boas recordações a respeito de seu lado "científico": quando recebeu do governo americano a menção honrosa "por abrir novos caminhos nas fronteiras da eletrônica" E, em 2005, quando o primeiro Dia do Inventor, na Alemanha, foi estipulado em sua honra, em 9 de novembro. Coisa pouca, porém, merecida.

Eparrei!

Rogério de Moura
 
 
 


 
 
 

Um comentário:

  1. amazing.
    heddy lammar uma inventora?!
    só o preto velho mesmo pra descobrir essas preciosidades
    abs
    cesar

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