Versos do poeta endividado

Um pedaço de papel cochilava
Na mesinha, ao lado da caneta,
Que repousava, quase sem tinta.
Cálculos, não mais palavras,
Fórmulas, não mais devaneios.
Dessa vez, compôs o poeta apenas
Contas que pensavam ser versos,
Números que pensavam ser rimas.


Rogério de Moura



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