A difícil limpeza do Santuário Santa Isabel Rainha

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Foto: Rogério de Moura
Mauro e Joaquim até que tentam. Mas é difícil.
Todas as manhãs, esse é o saldo que os sem-teto deixam em frente ao Santuário Santa Isabel Rainha após uma noite de bebedeira e outras atividades, digamos, obscenas: carrinhos de supermercado cheios de lixo, garrafas de cachaça vazias, potes de todos os tamanhos, galões de água sujos, roupas e sacolas com fezes, uma variedade de entulho, além de restos de comida que pessoas generosas levaram à noite e que, na prática, alimentam os pombos. Soma-se a esse panorama um mal cheiro difícil de sair das narinas.
Os beirais das janelas, os galhos das árvores e as plantas do jardim são transformados em armário e guarda-roupa. Qualquer canto tornou-se um banheiro. As fezes, aliás, encontram-se espalhadas pela escadaria, pela calçada e até pelo corrimão. Um triste panorama que se espalha pela rua, pelos imóveis vizinhos.
Segunda, terça, quarta, quinta, sexta, sábado e domingo. Para os sem-teto, pouco importa. 
Por mais que se retire o entulho, no outro dia, mais entulho é levado, num ciclo contínuo e interminável.

(Rogério de Moura)

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