Amigo, poeta e boêmio

Sem água ou cachaça, bebeu poesia.
Fiel pregador de dor que não aplaca
A alma em chamas pela rua vazia.
Frio sereno noturno feito estaca,
Palavra em palavra, semeou euforia,
Sonhos e murros em ponta de faca.
Nas ruas, só o encontro na boemia,
Em casa, só o encontro de ressaca.

Rogério de Moura








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