Os figurantes que aparecem
nas paisagens de um sonho
são feitos da mesma substância da descarga
elétrica que traz o feto à vida,
do sorriso de um recém-nascido,
dos
delírios do mendigo que berra na esquina fitando o vazio,
da mulher
pensativa na janela,
do vento que carrega folhas e papéis no centro da
praça,
o último delírio antes do último suspiro,
a corda do violão
vibrando.
(Rogério de Moura)
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