Palavra na gaiola

Nada alegrava aquela palavra.
Nem alpiste, nem água, 
nem afagos na cabeça.
Abri a gaiola e ela voou feliz.
Voou, voou e voltou.
Defecou na minha cabeça.
Hoje, canta com outras palavras
no parapeito da janela.

(Rogério de Moura)



0 comments:

Postar um comentário