A Grande Cartilha dos Escândalos

Assim que veio à tona o escândalo das Ongs, o Orlando Silva, o embromador das multidões, ficou aflito: “E agora, o que faço?”

Um assessor lhe disse: o jeito é seguir a grande Cartilha dos Escândalos. “Ah, é mesmo! Traga-me a cartilha.” O assessor foi até a estante e pegou a tal cartilha. O Orlando abriu a primeira página:

LIÇÃO NÚMERO 1: Negue com veemência.

LIÇÃO NÚMERO 2: Diga que tudo não passa de intriga política.

LIÇÃO NÚMERO 3: Espere a poeira baixar e a opinião pública ser impactada por outro escândalo.

LIÇÃO NÚMERO 4: Não surgindo outro escândalo a tempo, renunciar (quem sabe em lágrimas) alegando que não quer “atrapalhar o Governo”, mas que vai lutar para provar a inocência.

A Grande Cartilha dos Escândalos não possui tantas páginas assim. E, geralmente, está na estante de todo gabinete político. Independente do partido.

Um dos mais interessantes mandamentos da Grande Cartilha dos Escândalos diz: um ano após qualquer escândalo, para o povão, todo corrupto vira santo.

Eparrei!