Um intenso tráfego aéreo de mosquitos

A pessoa que olhasse para o quintal, ira se deparar com o seguinte cenário: uma quantidade inimaginável de voos e decolagens de aedes aegypti nos aeroportos do quintal.

Os pernilongos e o tal mosquito da dengue estão em tal quantidade que os aeroportos, ou melhor, os mosquitoportos estão lotados, com direito a overbooking.

O panorama é de caos total e muitas reclamações por parte de lesmas, borboletas, taturanas e grilos. As formigas, que até o momento, sempre costumavam a caminhar em fila indiana agora carregam cartazes de protesto: "mosquito da dengue, fora daqui!". Até as baratas saíram de suas tocas para apoiar a manifestação.

A ANACI - Agência Nacional de Aviação Civil dos Insetos, como sempre acontece fazem os órgãos públicos, publicou uma nota protocolar dizendo que esse ano está investindo uma certa cifra na infraestrutura.

Aranhas, moscas, abelhas, vespas e antes indiferentes e até certo ponto simpatizantes aos pernilongos estão sentindo-se incomodadas. Até os barulhentos besouros juntaram-se ao coro dos insatisfeitos. Uma mosca que não quis se identificar reclamou ter sido discriminada por um bando de pernilongos de cabeça raspada.

O ambientalista Jarbas Passarinho disse, em entrevista coletiva, que o grande problema se deve à falta de pássaros. Um passarinho come até 150 pernilongos por dia. Com a falta deles, os pernilongos congestionam o tráfego aéreo de nossas casas, casebres e quintais.

Um grupo de lesmas foi conversar com os representantes da comunidade dos pombos para pedir que eles comam os pernilongos. Com preferência aos mosquitos da dengue.

Os líderes, no entanto, dão pouca importância ao problema, visto que preferem migalhas de pão, sobras de comida e até pedra, a ter que devorar esses magricelos insetos.


Eparrei!

Rogério de Moura



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