A casa do pixador

Em seu currículo, escaladas de alturas inimagináveis em edifícios vertiginosos. Muitas vezes caiu, feriu-se e levou meses para se recuperar. São incontáveis as vezes em que fugiu e escapou da polícia.
Graças a ele, entre outros pixadores, não há centímetro da cidade que não seja "tatuado" pelas ilegíveis assinaturas pessoais.
Graças a ele e seus colegas, as paredes das casas, fachadas de lojas e edifícios parecem estar com uma espécie de "sarampo urbano". Com orgulho, comenta suas façanhas, sempre arrematando com a frase: "O bagulho é louco, truta!"
Curiosamente, as paredes e os muros de sua casa são limpinhos. Houve um dia em que, ao flagrar um colega pixando o muro, deu-lhe uns socos e pontapés.

Rogério de Moura


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