Portador de necessidades éticas


“Corrupto não!” gritou o político, revoltado com a frase gritada pelo povo.
O politicamente correto modificou tantos termos, mudou o nome de profissões. Já não existem mais professores. Agora, são educadores. E lá se vai o nome original de uma profissão secular para a sala escura e fria do esquecimento.
A palavra “ladrão”, oficialmente, também está condenada ao desaparecimento. Afinal, enquanto o autor do crime não for condenado em última instância, tudo está na base do “suposto”.
O politicamente correto não poderia deixar de contemplar a corrupção.
Imediatamente, toda a imprensa aderiu. E todos os meios intelectuais foram a reboque.
Caso condenado, o político corrupto não pode dessa forma ser chamado.
Trata-se apenas de um “portador de necessidades éticas”.
(Rogério de Moura)




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