Era mil, novecentos e alguma coisa.
Ou talvez mil e oitocentos...
ou mil, ou dois mil...
Foi quando o dia amanheceu e clareou
tudo quanto era metade deste mundo,
menos, é claro, as cavernas, algumas casas
e algumas cabeças.
Depois, anoiteceu.
E, se clareou, foi a outra parte do planeta,
com outras cavernas, casas e cabeças.
Mas nesse lugar, já era outro dia,
de mil, novecentos e alguma coisa.
Ou talvez mil e oitocentos...
ou mil, ou dois mil...
(Rogério de Moura)
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